sexta-feira, 2 de março de 2012

Diálogo aberto: O que você acha da sua formação em sua IES's?

Diferentemente do post anterior, em que nos propomos a fazer discussões em cima de um texto - um acúmulo teórico sobre um estudo - este tópico se propõe a ser algo mais aberto e livre.

Um momento em que todos que desejarem podem expressar suas opiniões sobre a formação que estamos tendo em nossas IES's (Instituições de Ensino Superior, para quem não sabe); ou ainda travar diálogos com os diferentes relatos e perspectivas de formação.

Não deixem de conferir também a postagem que se propõe a debater o texto UMA ANÁLISE SOBRE AS ORIENTAÇÕES POLÍTICAS DO BANCO MUNDIAL PARA A EDUCAÇÃO BRASILEIRA, uma atividade tão importante quanto esta.

Um comentário:

  1. David Vieira de Araujo - UFC4 de março de 2012 às 12:45

    Bem, dando o passo inicial.

    Minha IES: Universidade Federal do Ceará, Fortaleza.

    Acredito que a formação em psicologia em minha IES's, a priori, é muito boa. Não vou entrar aqui no critério do que os estudantes fazem em sua trajetória na universidade, mas no que o curso oferece. E, neste sentido, é fantástico.

    Primeiro de tudo que a formação não é predominantemente clínica. A clínica ainda está na formação (apesar de pessoas acharem que não, inclusive, com péssima fundamentação no currículo, ementas e projeto político pedagógico)... ainda está na formação, mas existem outras coisas também. Temos uma disciplina de Psicologia Comunitária, uma disciplina duas de educacional (sendo uma de ênfase), temos Psi do Trabalho, Organizacional e Saúde do Trabalhador (esta última de ênfase), duas disciplinas de Saúde Coletiva (sendo uma de ênfase). Enfim, muita coisa. Acho que uma das coisas mais valiosas são as disciplinas de Saúde Coletiva, uma vez que quase nenhuma IES's tem disciplinas dessa área.

    Além disso, a formação é voltada para que os estudantes tenham um senso crítico apurado e bagagem epistemológica sobre a subjetividade antes de chegar na técnica (presente mais a partir da segunda metade do curso). Esta organização procura não formar nem profissionais tecnicistas nem que não possuam técnica alguma.

    Os estágios básicos são dois, no quarto e no quinto semestre, e com eles os estudantes podem ter ainda mais experiências que tornam a formação mais abrangente e diversificada.

    As ênfases são duas, sendo bem abrangentes. Não temos uma ênfase clínica (PASMEM!) temos uma chamada "Processos Clínicos e Atenção a Saúde", que é voltada à saúde (para além da clínica) e no reconhecimento dos processos clínicos em diversos âmbitos. Além disto o estágio da ênfase é orientado de forma que o estudante passe pela atenção primária, secundária e terciaria, ou seja, passe por todos os tipos de atenção do sistema de saúde.

    De negativo, talvez destaque que o estágio da outra ênfase é completamente solto. E que a outra ênfase "Processos psicossociais e construção da realidade" juntamente com a ênfase de processos clínicos acaba gerando um efeito colateral ruim. Os estudantes, quando não realmente apropriados da proposta (e professores também) acabam achando que uma ênfase é clínica e a outra social porque clínico e social estão nos nomes das duas.

    E isto gera uma discussão absurdamente ridícula no nosso curso de "Clínica x Social".

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